O movimento micronacional é um fenômeno mundial que assumiu ao longo dos anos uma multiplicidade inacreditável de manifestações e formas. É praticado simultaneamente em todos os continentes do planeta, reunindo dezenas de milhares de praticantes - fãs apaixonados que se dedicam com esmero e energia nesta aventura fascinante, aprendendo diariamente sobre assuntos dos mais variados - política, relações internacionais, nobiliarquia, direito, idiomas, jornalismo, geografia, história, filosofia e muito mais... em síntese: desenvolvem-se nas relações humanas.

Atualmente, o micronacionalismo oferece-se em tantas vertentes distintas que fica muito difícil precisá-lo em algumas palavras. Não há definição fechada ou última do que seja, exatamente, a prática micronacional. Com efeito, os estudos dedicados precipuamente ao fenômeno micronacional - o que se conhece por "micropatriologia" - enfrentam o problema da definição de diferentes maneiras, elaborando formulações múltiplas.

O espectro das diversas concepções de micronacionalismo estende-se caleidoscopicamente, abarcando de experimentos lúdicos e adolescentes ("just for fun") até projetos sisudos que querem granjear território para fundar uma sociedade independente do establishment político-internacional ("statehood"). Abrange desde simulações políticas e diplomáticas a comunidades substanciosas que obtêm êxito em desenvolver novas e suculentas culturas - e culturas REAIS, erigidas sobre um verdadeiro trabalho antropológico e sociológico.

Portanto, vasculhando o "mundico" (termo carinhoso para "mundo micronacional"), você se deparará com micronações não apenas mais ou menos como o Sacro Império de Reunião: baseadas em sítios e listas de mensagens na Internet, sem reclamações territoriais "concretas", misturando simulação e realidade, modelismo e realismo (e na dose ideal!), mas também todo tipo de experiência... como a célebre Sealand, micronação fundada em 1967 por um major britânico aposentado, que reivindica soberania sobre uma plataforma abandonada da II Guerra Mundial no Mar do Norte e que existe até hoje sem maiores incômodos pelos estados-nações (também chamados de "macronações").

Ou a República da Ilha Rosa, instalada sobre uma plataforma de 400 metros quadrados nas proximidades de Rimini, Itália, no Mar Adriático, que assumiu o Esperanto como idioma oficial, caso simlar a Sealand, mas que não teve a mesma sorte. Em 1968, a Marinha Italiana aniquilou as intenções dos micronacionalistas. Ou ainda o Principado do Rio Hutt, aparecido na década de 70 em lugar ermo no oeste da Austrália, que diferentemente da Ilha Rosa, não foi importunado pelas autoridades locais e hoje desfruta de considerável fama como ponto turístico e curiosidade científica.

Há também experiências menos polêmicas, geralmente iniciadas por adolescentes criativos e intectualizados, que querem empreender sua própria nação em miniatura (daí "micro-nação"). Robert Ben Madison talvez seja a referência mais espetacular desta linha micronacional. Em 1979, ele declarou o próprio quarto território autônomo do Reino de Talossa e passou a obsessivamente desenvolver uma cultura ímpar para a sociedade talossana, envolvendo amigos e conhecidos no processo. Hoje, potencializada pela Internet, Talossa desponta como um dos monumentos mais opulentos e canônicos e vetustos do mundo micronacional - só sua história já se desdobrou em quatro publicações (cerca de 200 páginas cada). A língua talossana, por sua vez, conta com um dicionário com 20.000 entradas!

De fato, a democratização da Internet, da década de 90 em diante, garantiu ao movimento micronacional - que surgiu muito antes - a publicidade e o ferramental necessários para alavancá-lo como nunca dantes. Se anteriormente apenas um punhado de aficcionados praticavam a atividade (natureza "cult"), doravante uma multidão de micronacionalistas se envolveu e se apaixonou com ela.

Presentemente, é raro encontrar uma micronação sequer que prescinda de um site, meio fundamental para angariar novos cidadãos e se projetar no mundo micronacional (evita-se dizer: "micromundo"), expressando a própria cultura, política, sociedade e relações diplomáticas. Mais do que porta de entrada da micronação, o site é o principal cabedal de informações sobre o micronacionalismo ali praticado e acerca de suas estruturas culturais.

Independente de como se queira circunscrever a noção de micronação, algo é certo. Mais que um hobby, uma simulação ou uma loucura coletiva, o micronacionalismo é uma PAIXÃO difícil de ser resistida, especialmente por aqueles que se encantam no primeiro contato e se surpreendem como não haviam o descoberto antes.

Micronacionalistas autênticos que investem tempo REAL, da própria vida, produzindo atividade memorável e empolgante, contribuindo com o mosaico entretecido pela história das milhares de micronações sérias e suas inter-relações. Micronacionalistas que não ficam um dia sequer sem se informarem sobre o que está acontecendo na sua micronação e no mundico, ansiosos por participar de tão vibrante e frondoso movimento.

Participe também dessa aventura e o faça junto de uma das referências capitais, o Sacro Império de Reunião: micronação com riquíssimo passado, entusiasmante presente e auspicioso futuro, milhares de cidadãos envoltos com um único objetivo: inspirar e liderar e superar permanentemente o verdadeiro micronacionalismo.

Una-se ao micronacionalismo, REÚNA-se a nós!

 

© Sacro Império de Reunião - Holy Empire of Réunion