Projeto Alvorada

O Sacro Império de Reunião não nasceu pronto da cabeça de Cláudio de Castro, como Minerva saltou armada da cabeça de Júpiter. A mais forte, potente e desenvolvida micronação do mundo, com uma vasta história de vitórias e brilhantismo, é o fruto do trabalho de todos os centenas de micronacionalistas que nela participaram em seus mais de dez anos de existência. Contudo, uma micronação que não avança, que não inaugura novos tempos, anquilosa-se, isto é, cai numa estagnação do mais-do-mesmo, do nada-por-fazer.

Porém, para que Reunião faça jus ao cume do micronacionalismo, não pode se limitar à glórias do passado; deve fazê-lo sempre, sem se acomodar, sem se render aos pastos verdejantes próprios para o gado e as bestas. Precisa obsessivamente fazer questão de ser não apenas a maior, mas a melhor - mais ascendente, o que demanda o mais brilhante e entusiasmante que cada extraordinário pode oferecer. Somente na concentração e no direcionamento da energia dos melhores que se pode gerar o mais forte e nutritivo micronacionalismo.

O Projeto Alvorada é a resposta estrepitosa para aqueles que acreditavam que nada mais havia por fazer de essencial no micronacionalismo reunião. É um toque sonoro para que todos os extraordinários do Império acordem e voltem a se debruçar sobre Reunião, a fim de conduzi-la a alturas ainda mais elevadas, ascendentes e gloriosas.

Doravante, o Alvorada se presta a canalizar o pathos, a energia e os instintos de micronacionalistas autênticos, verdadeiramente engajados na paixão micronacional, que almejam por extravasar a própria criatividade e élan vital num micronacionalismo que não cansa de se superar.

Superar a si mesmo: eis a tarefa digníssima e altaneira do Projeto Alvorada, fazendo brotar das entranhas da memória de Reunião um novo tempo, com novos e mais árduos e empolgantes desafios. Alvorecer de uma nova era, sem perder de vista o sentido histórico e sem se enrijecer com plataformas fechadas ou verdades absolutas.

Nem revolucionismo (futuro sem passado), nem conservadorismo (passado sem futuro). Montar sobre um passado de realizações e sucessos para ir ainda mais longe, arremessando-se em direção a possibilidades até então apenas sonhadas. Dotar-se de sentido histórico, alcançando a altura dos tempos, é descobrir as paisagens que já conquistamos, para mantê-las na memória e podermos, mais abios e experimentados, descobrir mais.

O Alvorada não tem estatuto, não tem manifesto, não tem organicidade, não conta sequer com ato de fundação; na verdade, o Projeto é esse pássaro livre e forte que alçou vôo espontânea e decisivamente para pairar soberano sobre os infindáveis vales do micronacionalismo, conhecendo-os, assimilando-os e quiçá derramando sobre eles o néctar dourado de um micronacionalismo fascinante e venturoso. Em dado momento da história reuniã, a taça de potência transbordou e como conseqüência - e conseqüência vital! - irrompeu o Alvorada.

Pássaro que canta e que supera - e quer continuar superando – os demais. Pássaro que nasceu para imperar e dominar, não para obedecer; ave de rapina, rapace e sagaz, que não teme o difícil e não se acomoda no simples - vai além, e de todos.

Águia de Aço que se posta no cume da Lusofonia, tão ascendente quanto os mais ascendentes animais do mundo micronacional, em promontório de onde avista, tão distante - parece mirar o infinito... - paragens inebriantes e barrocas com que o micronacionalista apenas sonha e se inspira.

E o Projeto Alvorada deve assim potencializar virtualmente qualquer iniciativa de órgão, empresa ou súdito reunião, vertendo seu manancial de inspiração e de vida em tudo aquilo que seja promissor e que siga na direção da autosuperação.

O PROJETO ALVORADA tem como principal objetivo DAR UMA TAREFA para Reunião, que é justamente arremessar o micronacionalismo reunião a novos patamares, a novos horizontes, a novas missões gloriosas, que deixarão para trás, como parte do passado, o estágio de sucesso e consolidação que já atingiu. Quem não faz, toma! É hora de FAZER MICRONACIONALISMO.

Todos os reuniãos que participarem, o farão porque são extraordinários da Lusofonia, ou seja, não são meramente reprodutores, que dançam conforme a música, mas PRODUTORES, pessoas altamente capacitada e autenticamente micronacionalistas para FABRICAR E CRIAR VALORES para Reunião, a Lusofonia e o micronacionalismo mundial. Aqui se trata da autosuperação do paradigma dominante, do qual Reunião é a capital, o cabeça e o coração, para subir mais um degrau, e depois outro, em contínua ascensão.

As primeiras idéias que se colocam, estando ainda o Projeto e seu desenvolvimento abertos para outras, que certamente virão, e que colocamos a título de preliminares, são as seguintes:

1) AFIRMAÇÃO DO VERDADEIRO MICRONACIONALISMO.
Criadora de valores, Reunião é também sua difusora, arvorando-se da responsabilidade de liderar e comandar os micronacionalistas de todo mundo em direção ao desenvolvimento global da paixão micronacional. Daí a AFIRMAÇÃO se dar mediante múltiplas frentes de divulgação e promoção: jornais, comunicados, expansão diplomática etc. Parte desta tarefa envolve a atuação conjunta da imprensa reuniã, o que já vem ocorrendo: Tribuna Popular, A Batatada, O Cordel, O Cometa, ARN, Labareda etc. É fundamental que editores e colunistas preocupem-se em extravasar e difundir o sentimento reunião. No tocante à Chancelaria, clara está a tarefa na elaboração da All-New Réunion Diplomatic Policy (com os diversos statements anexos), que visa a afirmação intermicronacional, além-Lusofonia, do micronacionalismo aqui praticado. Trata-se de irradiar para o MUNDO: germanofonia, francofonia, polacofonia e os 'clusters' anglófonos. Uma terceira frente poderá advir, ainda, da divulgação extramicronacional, na imprensa "macro", de Reunião, única micronação do mundo consagrada aos quatro cantos do mesmo, na Imprensa.

2) DO PRESENTE AO FUTURO.
Para escapar do imediatismo e do mensagismo, da falta de tarefas, criar um grupo afinado de trabalho para PENSAR E DISCUTIR o micronacionalismo e Reunião, com vista a dotar a nação de novas tarefas. Trata-se de criar um THINK-TANK, que não se preste apenas à reforma legal-instituticional (parte do trabalho), mas também em bolar estratégias e estudos sobre necessidades, carências, oportunidades e ameaças para a micronação. Uma espécie de Central de Inteligência.

3) DO PRESENTE AO PASSADO.
Igualmente para vencer a prisão no "presente", criar uma sociedade histórica ou instituto com o objetivo de escrever pela primeira vez uma História da Lusofonia e uma História Geral do Micronacionalismo, em que o tema principal é Reunião, isto é, rescrever a história de tudo que aconteceu micronacionalmente sendo parte da NOSSA história. Ou como diria Orwell: quem manda no presente, manda no passado e quem manda no passado, manda no futuro. Quem estaria disposto a encabeçar esta importante tarefa? O Museu Histórico Reunião, que já faz um trabalho histórico, mas que necessita de todos os colaboradores e compiladores que se fizerem voluntários a destrinchar a velha lista CHANDON e também a NOVA CHANDON.

4) JUVENTUDE REUNIÃ.
Item imprescindível. Está na hora de investirmos pesadamente na EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO de novos micronacionalistas, não só através de um atuante Ministério da Integração! Não adianta jogar o novo súdito reunião direto na lista e esperar que ele absorva o modo de ser reunião. É preciso mostrá-lo do passado, das realizações, da cultura, do paradigma, da posição capital de Reunião diante da Lusofonia e do micronacionalismo mundial. Trata-se de formar um time que desde o início já venha esculpido pelos valores reuniãos, que perceba a TAREFA que a micronação deve se impor e realizar.